Em plena baixa do Porto, nasceu, em 1960, uma loja que conquistou os corações dos portugueses com a sua natureza familiar. Mas a força do negócio e a inovação informática, fornecida pela all@work e pelas empresas antecedentes, catapultaram a Marques Soares para um lugar de luxo em Portugal.
Não há quem hoje não conheça a Marques Soares. Profundamente ligada à história do Porto e das suas gentes, a empresa é também atualmente um símbolo de resiliência e dinamismo no mercado nacional, com uma presença que se alastrou a cidades como Braga, Aveiro, Santarém, Beja, Vila Real e Évora.
Ainda se mantêm alguns dos clientes aconchegados pelas malhas da simpatia dos dois sócios que fundaram a empresa familiar Marques Soares, mas hoje não encontram unicamente uma loja de tecidos. Têm, antes, uma experiência mais holística, que satisfaz um conjunto de variadas necessidades. “Nós começámos como uma loja de tecidos. Vendíamos tecido ao metro para todo o país, mas tínhamos também atelier de modista e alfaiate para confecionar. Chegámos a ter 40 funcionários, entre modistas e alfaiates”, recorda o administrador Paulo Antunes.
A loja que nos primórdios contava com 40 funcionários é presentemente uma família cada vez maior. Os 320 funcionários fazem parte de um tear mais extenso, distribuídos por 14 lojas no país. Contudo, a tradição e a história familiar nunca deixaram de fazer parte do design valorativo da empresa.
“Na década de 60, começou a aparecer o Pronto-a-vestir. Nós fomo-nos adaptando às novas realidades. Mas as amostras de tecidos acompanharam-nos até há cerca de 20 anos”, concretiza Paulo Antunes, que faz parte da terceira geração da empresa cujo organograma é uma verdadeira árvore genealógica.
Para manter o cuidado feito pela família e para as famílias, a Marques Soares recorreu, praticamente desde a sua génese, aos serviços da empresa antecedente da all@work, e a história da cadeia de lojas também se tece entre soluções informáticas e avanços tecnológicos. Para Paulo Antunes, a contribuição da all@work para o crescimento do negócio é valiosa: “O desenvolvimento da informática permitiu-nos apostar em outras secções, porque nos libertou de outras tarefas”. Das secções de homem, senhora e criança, passaram a apresentar também “lingerie, ótica, eletrodomésticos, relojoaria e perfumaria”.
A expansão da rede de lojas só seria possível com o acompanhamento a par e passo das soluções informáticas mais robustas. “Em 2003, começámos a abrir lojas fora do Porto. Já era possível porque tínhamos todas as informações relativas às compras e aos clientes asseguradas. Era fácil ligar as lojas umas às outras, com a replicação de um modelo que já estava implementado. Tudo isso se deve à evolução que tivemos em termos digitais.”
Paulo Antunes acredita, ainda assim, que a relação de grande proximidade e verdadeira parceria teve uma das suas conquistas mais marcantes na informatização da gestão financeira. “A faturação foi amplamente facilitada pela atuação da all@work. A nossa faturação inicial era muito limitada. Ainda chegámos a faturar à mão, num livro de faturas”, explica o empresário. Nos anos 90, com o apoio das empresas que antecederam à all@work, foi feita uma análise conjunta das necessidades e desenvolvido um software à medida para responder à problemática da venda nas lojas. Desenvolvimento esse que foi mais tarde assegurado pelos próprios quadros da Marques Soares na pessoa do Carlos Vieite que foi evoluindo com o software, ao ponto de em 2014 ter sido certificado junto da autoridade tributária. Sendo, hoje em dia, mais um software certificado que integra diretamente com o ERP SII Power, quer a nível da área financeira, quer a nível do inventário que é gerido pelo SII Power.
Se o corte de tecidos era feito artesanalmente, com toda a minúcia e cuidado, também os processos financeiros exigiam diligências complexas: “Uma impressora emitia 20.000 recibos seguidos e saíam por ordem alfabética. Depois, cortávamos na máquina de cortar, e procurávamos pelos nomes dentro de uma caixa. Isto fazia com que se criasse uma fila maior, enquanto as pessoas esperavam pelos recibos respetivos. Separávamos as filas por letras e, mesmo assim, tínhamos filas até à porta.”
O caminho foi longo, mas hoje a Marques Soares está na linha da frente “ao nível da faturação, como ao nível do controlo de stocks”. Recordar é viver e transporta Paulo Antunes até uma época em que os registos das compras eram feitos manualmente: “Fazíamos recibos e outros registos à mão. Depois, tivemos máquinas de contabilidade antigas, com a conta corrente de cada cliente. Na altura, devíamos ter cerca de 10.000 clientes a crédito.”
A Marques Soares foi também uma das empresas pioneiras na solução do crédito. Em parceria com a empresa que deu origem à all, foi feita uma reestruturação do sistema de crédito, em 1988. “Essa solução foi especialmente arquitetada para nós. Não houve muitas empresas no mercado com soluções semelhantes tão precocemente”, lembra Paulo Antunes.
O casamento entre a Marques Soares e a all tem sido feliz e é a rede de lojas que se pode encontrar o fato à medida dos grandes acontecimentos e o anel para a celebração do enlace. Paulo Antunes não duvida que as crises dos sete ou dos 14 anos foram resolvidas através de uma atenção ao detalhe e de uma assistência pormenorizada de que a all não descura: “Informatizar todas as casas não seria possível sem o auxílio da parte de software e hardware da all. Sem esse desenvolvimento, o nosso também não teria sido possível.” É por isso que o casamento soma e segue, festejando, em 2018, o seu trigésimo sétimo aniversário.
A ligação com a empresa que antecedeu a all@work surgiu em 1981 e já viu vários momentos felizes. A Marques Soares faz parte da história dos portuenses, das famílias portuguesas e também dos 10 anos da all, que vê nesta relação de companheirismo um agasalho que reconforta e orgulha.